Embora
as auroras boreais ou austrais possam
ocorrer durante todo o ano, a sua observação na Terra só pode ser feita do início
do outono ao início da primavera, quando as noites nas regiões polares são
maiores e mais escuras. No caso do hemisfério norte isto corresponde ao período
que se estende do meio de setembro até o início de abril.
A
partir de meados do outono e durante o inverno, as noites são escuras e longas
– conforme a latitude e a data, podem durar até 24 horas – mas o frio é
rigoroso e as ocorrências de céu encoberto e precipitações de chuva e/ou neve
são frequentes. Assim, as melhores épocas são o início do outono – fins de
setembro/outubro – e o fim do inverno/início da primavera – março e princípios
de abril, quando as noites já, ou ainda, são bastante longas e escuras e o
clima é mais ameno.
Por
razões ainda não bem conhecidas, a atividade geomagnética aumenta na época dos
equinócios, que marcam o início da primavera e o do outono. Segundo os
registros históricos, março é estatisticamente o mês que apresenta maior atividade
de auroras, seguido por outubro, abril e setembro.
Assim,
até à época do próximo máximo solar, que segundo as previsões mais recentes
deve ocorrer em fevereiro de 2013, dispúnhamos, quando começamos a organizar a viagem,
de três alternativas de época para realizá-la: março/abril de 2012;
setembro/outubro de 2012 e março/abril de 2013. Em março/abril, a par da
vantagem quanto à atividade auroral, o clima tende a ser menos úmido, com
menores chances de precipitações de neve e/ou chuva e com céu mais limpo, além
de a paisagem coberta com neve dar um “toque” especial às fotos de auroras. Por
isso e por ser a primeira, deixando duas outras oportunidades para novas
tentativas em caso de insucesso nesta, escolhemos a primeira alternativa.
Também, por ser a mais próxima, podia-se assim prosseguir com o planejamento da
viagem sem solução de continuidade.
Pronto!
Estava decidida a época da viagem: março/abril de 2012.
Era
preciso agora definir a duração da viagem.
Vários
fatores foram levados em conta no estabelecimento da duração da viagem:
1. é considerado necessário dispor-se
de pelo menos uma semana para que haja uma boa chance de observação de auroras
boreais;
2. para se conhecer razoavelmente e sem
atropelos os principais pontos turísticos de um país/região precisa-se de 15 a
20 dias;
3. já que é necessário fazer-se conexão
em alguma cidade de outro país europeu, dada a inexistência de voos diretos do
Brasil para a Noruega, a possibilidade de transformar essa conexão em um destino
de viagem adicional deve ser considerada;
4. como as viagens de ida e volta
demandam cerca de 4 dias e o custo das passagens é elevado, para se ter uma boa
relação custo/benefício, a duração total da viagem deverá ser de 20 dias ou
mais.
Tendo
em vista essas considerações, optamos por fazer uma viagem com duração de cerca
de um mês.