Há 6 meses, na noite de 23 de março, tivemos uma experiência magnífica que ainda está muito viva em nossa memória. A bordo do Nordnorge da Hurtigruten, sentados no Vågar Café, eu cochilava em frente ao computador após o jantar, quando ouvi a esposa: psst, psst, psssst... estão anunciando o aparecimento de uma tênue aurora. Saltei da cadeira, deixei tudo ali, corri para a cabine para colocar um abrigo e pegar o equipamento fotográfico, e fui para o convés, onde me juntei a alguns outros observadores e fotógrafos corajosos.
Já estava bastante desesperançado, porque vinha acompanhando a ocorrência de auroras e a meterorologia ao longo da "temporada", e o tempo havia estado frequentemente aberto e tinham ocorrido magníficas auroras em janeiro e no início de março, mas desde que havíamos chegado à Noruega a atividade auroral era baixa e o céu estava quase sempre encoberto.
Já estava bastante desesperançado, porque vinha acompanhando a ocorrência de auroras e a meterorologia ao longo da "temporada", e o tempo havia estado frequentemente aberto e tinham ocorrido magníficas auroras em janeiro e no início de março, mas desde que havíamos chegado à Noruega a atividade auroral era baixa e o céu estava quase sempre encoberto.
Naquele momento, navegávamos no Mar de Barents, sul do Oceano Ártico, próximo à costa do extremo norte da Noruega e fazia 2 a 3°C abaixo de zero com uma sensação térmica por efeito do vento de algo como -15° C. Em dado instante, tirei a luva da mão direita por alguns minutos porque me dificultava a operação da câmera, coisa da qual vim a me arrepender depois porque sofri uma queimadura no dorso da mão causada pelo vento gelado. Mas, valeu a pena: lá no alto, sobre nossas cabeças, estava a aurora boreal.
Não era uma aurora exuberante, multicolorida, cobrindo todo o céu, nem eu tinha como fazer uma boa composição fotográfica, porque estávamos em mar aberto, a aurora estava quase diretamente sobre nossas cabeças e o navio se movia a uns 15 nós, mas para quem nunca havia visto e tinha viajado 20 mil quilômetros para tal, foi emocionante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário